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Problemas emocionais em crianças com Distúrbio Específico de Linguagem

O atraso no aparecimento da fala e da linguagem oral pode ser o primeiro sinal de transtornos mais globais no desenvolvimento como o Autismo ou Deficiência Intelectual. No entanto, existem casos, nos quais, a criança é inteligente, esperta, ativa, compreende bem as situações, ouve bem, mas a fala e a linguagem não se desenvolvem de acordo com o esperado.

Nestes casos, podemos ter um Distúrbio Específico de Linguagem (DEL), que consiste em uma inabilidade específica para desenvolver a linguagem oral. Aparentemente, a criança demonstra todas as condições para falar, os pais já realizaram diversos exames, com resultados normais, mas a fala não se desenvolve adequadamente. As dificuldades observadas no DEL são variadas e dependem da gravidade do quadro.

É comum encontrarmos dificuldades comportamentais em crianças que apresentam o Distúrbio Específico de Linguagem. As seguintes dificuldades são observadas:

  • Ansiedade e insegurança;
  • Dificuldades emocionais, com baixa auto-estima,
  • Comportamento retraído e imaturo;
  • Agressividade;
  • Dificuldade de interação com outras crianças e na interação social em geral;
  • Dificuldade para realizar as trocas comunicativas;
  • Dificuldades de atenção e concentração;

Quanto mais grave o quadro de linguagem, mais evidentes serão as dificuldades emocionais e comportamentais. Algumas crianças podem até se isolar, não querer brincar com outras crianças, chorar muito para ir à escola. Pode acontecer também, destas crianças serem diagnosticadas com transtornos psiquiátricos, mas o importante é conseguir diferenciar e identificar o quanto que as dificuldades de linguagem estão prejudicando o desenvolvimento social e emocional da criança, que geralmente é esperta e consegue perceber suas próprias dificuldades.

Imagine o quanto deva ser angustiante você querer falar ou expressar alguma coisa e não conseguir.
O Fonoaudiólogo deve estar atento a estas manifestações e analisá-las cuidadosamente.

Texto elaborado por: Dra. Elisabete Giusti

Referência consultada: Behavior Problems in Children with Language Impairment. Journal of Psychology and Psychiatry 48 (11), 2007.
 

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